Carícias para um ego vaidoso
Não cobiço os teus dotes, literato,
nem a tua febril inteligência,
mas nunca desdenhei da competência
que tu cultuas como predicado.
Talvez eu seja um louco obcecado
no brilho ofuscante da poesia,
sintoma de uma rara ectopia,
que traz meu ser poético tatuado.
Sou, como um arco-íris degradado,
despido do espectro luminar.
Minha vaidade esvai-se pelo ar,
junto a cada poema recitado.
Assim, de todos os dons e dos pecados,
que são o céu e o chão do criador:
como a paixão, o ódio, o amor...
o da vaidade, sim, me foi negado!
Não cobiço os teus dotes, literato,
nem a tua febril inteligência,
mas nunca desdenhei da competência
que tu cultuas como predicado.
Talvez eu seja um louco obcecado
no brilho ofuscante da poesia,
sintoma de uma rara ectopia,
que traz meu ser poético tatuado.
Sou, como um arco-íris degradado,
despido do espectro luminar.
Minha vaidade esvai-se pelo ar,
junto a cada poema recitado.
Assim, de todos os dons e dos pecados,
que são o céu e o chão do criador:
como a paixão, o ódio, o amor...
o da vaidade, sim, me foi negado!