Fruto da Percepção Intuitiva.

Agora que tenho os segredos.

Guardados em minhas memórias.

Posso contemplar as mais felizes intuições.

Os mistérios dos mundos.

Os delírios da imaginação.

Os olhos fechados ao silêncio mais profundo.

De todos os sonos.

Agora que meus olhos poderão enxergar.

Entender a interminável imensidão.

A composição do vácuo indeterminado.

Pela complexidade do infinito.

Pergunto na minha intimidade.

Que mundo é esse?

Como originou a primeira partícula de átomo.

São trilhões de centilhões multiplicados.

Vistos apenas por um dos sinais.

Agora que sei que tudo isso é infindável.

Que a luz brilhará por tantos outros lugares.

Perdidos na imensidão da distância.

Por que tudo isso teve que ser desse modo.

Não existindo outras possibilidades.

A continuidade sobreposta a si mesma.

Complexidades intermináveis.

Sem nenhuma finalidade.

Montanhas de rios, de pedras.

De tantas outras coisas infindáveis.

Os trilhões de centilhões universos contínuos.

E outros trilhões e trilhões de galáxias.

Tudo isso para descrever a internabilidade.

Inconfundível ao delírio.

Agora que sei que sou uma minúscula.

Imaginação.

De todas as coisas que ainda são.

E das que não poderão ser.

Os resquícios fluidos dos nadas.

Agora que entendo.

A fonte dos milagres.

O encantamento da respiração.

Como obra do mais absoluto escuro.

Sem determinação fixa.

O sentido de tudo e o antissentido.

As veleidades dos grandes trovões.

Agora que sei de onde venho.

Para onde vou.

Qual de fato é o nosso futuro.

As figurações do destino.

A exuberância da continuidade.

O micro átomo perdido na substância.

Indeterminável.

Posso dizer com toda sapiência.

Sem medo do erro.

Sem o delírio dos mitos.

Distantes dos deuses dos céus.

Mas perto do infinito do próprio universo.

Algo que não é tão longe.

As regras da incompreensão.

Agora que sei que eles existem.

Treme de medo o meu coração.

Porém, sinto a mais exótica alegria.

O que vou lhes dizer.

A magnitude da ilusão.

Esse mundo não é apenas esse mundo.

Tudo nele é a lógica da replicação.

O princípio ativador é o mesmo.

Agora que seio posso lhes dizer.

O que falo é a mais absoluta verdade.

Posso garantir a vocês.

O mundo define por eles.

Em lugares distantes.

Até quando a oposição desconfia.

Sei do silêncio e da extensão.

Estou dizendo pode acreditar.

São bilhões deles esparramados.

Pelo infinitólogo afora.

Embelezamento de luz.

E a escuridão significativa.

Tudo que foi é desse modo.

Originou-se sozinho do nada.

Exaurindo e renascendo.

O infinito sem lógica de ser.

Dessa forma os centilhões de universos contínuos.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 07/01/2015
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