Autorretrato
O tempo voa, urge... Passa!
Mas que não passem os nossos sonhos,
Os nossos desejos, os nossos anseios.
Pois dele alimentamo-nos incessantemente.
O tempo rasga, corre...
E leva com ele a nossa infância...
Às vezes o nosso sorriso, a nossa força,
A nossa frágil esperança.
Ele passa e continua passando...
Como uma máquina, uma engrenagem...
Que não se cansa, não se enferruja
E assim vamos aprendendo que o
Instante é tão abstrato
Que o segundo de agora já virou passado
E que o futuro que nunca chega, chegou...
Num clique, meio sem jeito, do meu autorretrato.