A destinação Eufórica das Palavras.

Não sou ninguém.

Nenhum deles.

Dentro peito.

O sinal da ilusão.

De tantos Fernandos.

Josés e bastiões.

Um dia imaginei a pensar.

Igual ao Pessoa.

Talvez tivesse que negar Nietzsche.

Feuerbach.

O mundo representativo.

De Schopenhauer.

Poderia ser um desses Manés.

Enganado pela ideologia neoliberal.

Ou pela memória dos cérebros codificados.

Acreditar no poder da virgem.

Ser um eminente pescador.

Rezar o terço.

E explorar a santíssima.

Talvez um caipira ilustre.

Desses que moram na cidade.

Acreditar na alma.

Diante da tragédia da morte.

Sentir a felicidade da ilusão.

Mas o mundo funciona por fórmulas.

Que se fixam no código da memória.

Signos impregnados as técnicas.

Que só os treinados.

Terão seus domínios.

O resto do tempo é crença.

Mentiras e entortamentos.

Quanto a mim.

Refiro ser um espectro.

De um ababelado.

Mas não aceitaria ser Fernando.

Talvez José.

Com muito sacrifício.

Aquele da historiografia bíblica.

Mas qual é a importância mitológica.

Da irracionalidade cosmológica.

Refiro ao helenismo grego.

A cidade de Mileto.

Ou Alexandria egípcia.

As teorias de Aristarco.

A Filosofia de Ptolomeu.

Entretanto, estou do lado de cá.

Respiro intuições.

Melancolias indutivas.

A empiricidade copernicana.

Sínteses aos fragmentos.

Imaginação gradativa.

Do nascedouro espírito antagônico.

Mas a consecutiva morte.

Predestina-me.

A negação de cada um deles.

A incessante replicação.

Qual é o significado do mundo.

As leituras ilusórias.

A essência improcedente.

Havia um tempo.

Que não marcava sinalização.

Dos mecanismos sobrepostos.

Aos sussurros incomplexos.

Elucubração sintética.

Dos nadas evidenciais.

As fantasias não compostas.

Das memórias deturpadas.

Compreendo.

O que não é.

O que poderá ser.

O dever da improcedência.

O sujeito que esconde.

A mecanicidade.

A mente lexicológica.

Apenas uma ideia.

De um princípio sem causa.

A causa mater.

Célula mater.

Átomo mater.

Princípio da incausabilidade.

Segredos pré-existenciais.

A grande pastagem dos últimos sinais.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 05/01/2015
Reeditado em 05/01/2015
Código do texto: T5091755
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