Garganta Obstruída

Quantas vezes as palavras não saem

Quantas vezes perdemos a falar

Quantas vezes a voz fica embargada

Tornamos-nos mudos com tantas

Coisas para falarmos.

É o pão que tem nos entalados

São sabores que nos impedem a fala.

Quantas pessoas vermos

Com suas bocas fechadas

Parecem que até perderam

O dom da fala.

Vermos não pão impedindo

Que suas palavras saem

Vermos talas tapando suas bocas

Para que as mesmas não abram.

Gargantas obstruídas impedindo

A circulação do ar.

Impedindo vidas viverem

Neutralizando vidas respirarem.

São pessoas frias que existem

Hoje em dia.

Pessoas sem pulsações

Pessoas que tiveram

Quedas de temperatura.

Já não se ouve mais

Um bom dia!

Um até breve!

Ou sequer:

Um, gostei da sua companhia.

Fomos pegos pelas redes

Da tecnologia.

Tornamos-nos estranhos

Sendo nós tão conhecidos.

Desentale, desobstrua, Libere.

Deixe sua garganta livre.

Jogue o pão do dissabor

Pra fora, fale com o coração.

Aqueça outro coração

Com suas belas palavras

Com suas boas ações.

Afinal a fala é um dom

De todos nós.

Autor: Vagner Felisberto

03/01/2015 – 14h11min

Salomão Silva
Enviado por Salomão Silva em 03/01/2015
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