SORRISOS

SORRISOS

Pela tarde,

serio rio,

um sagro riso.

Pela noite

sempre um risco

OS DITARES

O ditador voltou.

E ela chora...

Ele esta atrás da porta do seu apto,

Grita de sua janela

Palavras de desordem contra ela,

E ela chora..

Buzina seu carro na contra mão,

Fura a bola das crianças

Da vila do macaco prego.

São negros e se voltam

Contra sua própria raça.

Lançou o vírus do Ebola

Em todos os jardins,

Denunciou os meninos que fumavam

o baseado da inocência na esquina

E matou a tiros a cachorrinha preta e branca

Que revirava seu lixo.

O ditador é o novo síndico

Do quarteirão.

RESTOS

Eu tento fazer poesia

Eu vendo frutas na feira.

Eu invento uma lua no céu

Eu canto num canto qualquer.