AusÊncia
Como uma visão
Um retrato flutuando no ar
Sem parede
Sem prego
Como chuva
Sem nuvens no céu
Um laço por si só
Sem amarrar a nada
Ou ninguém
Como uma cidade
Sem rua
Sem prédios
Carros e transeuntes
Um coração que bate pela metade
Que quase não late
Nem abana o rabo
A ausência é um nada que preenche
Tsunami que inunda tudo dentro
Um tiro que sai pela culatra
Grito que ninguém
Mas que quem profere se irrita com a cacofonia
Ausência... visita desagradável
Na casa da gente