Fim do Segundo Ato
A cada passo, um laço
Um abraço
Um mormaço.
A cada ciclo, um arrepio
Um frio
Um desafio.
A cada TIC, uma palpitação
Uma respiração.
Uma aflição.
A cada TAC, um tremor.
Um terror.
Um temor.
Um mormaço que inflama-me os olhos.
Um desafio que me cai sob os ombros.
Uma aflição me estoura os miolos
Um temor de um Amanha sem meus sonhos.
Que já não sei mais quais são.
Os que sei, se quero ou não.
Se realmente estou com os pés no chão.
Se caroneei nas asas desse avião.
Pergunto ao vento e o vento me leva
Se amanha terá clarão ou treva
Se há estrada em meio a névoa
E que futuro me espera.
Assumo o medo da vida, do amanhã
De não saber o que fazer pela manhã
Se minha ideia é uma aposta vã.
Assumo o medo da incerteza e do incerto.
Se o meu sonho está distante ou perto.
Se recebo a vida de coração aberto.
Assumo a falta de coragem para seguir em frente.
Das mil coisas que me borbulham a mente.
Esse medo, medo desse diferente.