Fim do Segundo Ato

A cada passo, um laço

Um abraço

Um mormaço.

A cada ciclo, um arrepio

Um frio

Um desafio.

A cada TIC, uma palpitação

Uma respiração.

Uma aflição.

A cada TAC, um tremor.

Um terror.

Um temor.

Um mormaço que inflama-me os olhos.

Um desafio que me cai sob os ombros.

Uma aflição me estoura os miolos

Um temor de um Amanha sem meus sonhos.

Que já não sei mais quais são.

Os que sei, se quero ou não.

Se realmente estou com os pés no chão.

Se caroneei nas asas desse avião.

Pergunto ao vento e o vento me leva

Se amanha terá clarão ou treva

Se há estrada em meio a névoa

E que futuro me espera.

Assumo o medo da vida, do amanhã

De não saber o que fazer pela manhã

Se minha ideia é uma aposta vã.

Assumo o medo da incerteza e do incerto.

Se o meu sonho está distante ou perto.

Se recebo a vida de coração aberto.

Assumo a falta de coragem para seguir em frente.

Das mil coisas que me borbulham a mente.

Esse medo, medo desse diferente.

Luan Tófano
Enviado por Luan Tófano em 30/12/2014
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