Do pêsame ao parabém
O ecossistema é a morte;
Ele nos deixa atado em nós.
Já não quero mais ser tão forte
Queremos apenas estar a sós.
Cada vez que caímos,
Cansa a subida do degrau
Essa ferida maldita nos sentidos
Acaba germinando em nós a semente do mal.
Parecia mais simples a vida
Quando não a conhecíamos bem
Eu cultivo o desânimo, a mágoa distorcida,
Do pêsame ao parabém.
Tenho me sentido exausto
Nesse complexo sistema de coisas,
Nas tarefas diárias,
Nos compromissos firmados,
Na semana que não acaba,
No preenchimento do meu diário,
Naquilo que deixamos pra trás.
Não importa mais!...
O ecossistema é a morte
E eu sinto sempre uma tristeza atroz.
Eu sei que preciso de um norte
Mas não sei o que virá logo após!