Cercas

Cerca-me a vida com suas plantas espinhosas,

são cercas vivas, às vezes frias e desumanas,

que faz distante, o que me espia pelo ombro,

e inimigo, o falso amigo que me engana.

Essa muralha que a falsa cara me sorri,

erva daninha que se plantou pelo caminho,

talvez, de tão desligado, ou desatento,eu não vi,

porque sorria, mas não me tinha nenhum carinho.

Não houvesse cercas que escondesse o coração.

Fosse visível o sentimento e a intenção,

quem sabe então, todas pessoas que nos metem,

se delatassem por fingirem o que não sentem.

Aí então, a minha mão aberta pela janela ( aberta )

tocaria a do vizinho ( e da vizinha ), sem cerca nela.

olindo santana
Enviado por olindo santana em 26/12/2014
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