Nenhum mal me atingirá
Por dentre as névoas densas,
Por todas as noites em claro.
Por todas madrugadas solitárias
Nenhum mal me atingirá.
Todos os dias
Por qual enfrentei
Todas aquelas pessoas frias
Que me queriam ver sofrer.
Cada verso escrito
Cada sentença errada
Jamais se importaram comigo
Cada olhar era um facada.
Cada pessoa com olhar gélido
Suas expressões de pânico e rancor
Me causavam uma euforia incrédula
Sentia medo... Minha coragem se enterrou.
Como continuar?
Dias após dias, logo ao levantar
Já me deparava com suas expressões frias
Com suas ironias
No olhar.
Como continuar?
Todas as madrugadas eram sombrias...
O vento vinha
Suave como qualquer brisa
Apavorado pelo luar
Tocar sua imensa sinfonia...
Sua linda melodia.
Uma linda melodia apavorante
Chegava a ser até arrogante
O seu lindo jeito de tocar...
A sua bela maneira de comigo compartilhar.
Nenhum mal me atingirá...
Nenhum mal me atingirá...
Nenhum mal... Me atingirá...
Nenhum... Mal...
Quantas vezes não despertei de um sonho
Que se revelava um sonho dentro de outro
Para, enfim, despertar desta terrível prisão
E enxergar a verdadeira maldição.
Aqueles olhares gélidos
E ao mesmo tempo, escaldantes
Todos se escondiam das suas próprias faces...
Todos... Agonizantes.
Nenhum mal me atingirá...
Nenhum mal me atingirá...
Nenhum mal... Me atingirá...
Nenhum... Mal...
Como continuar?
Sabendo que todos estavam dispostos a me pisotear...
Como seguir em frente?
Todos possuíam olhares de desprezos ferventes.
Como?
Todo dia ao acordar
Já começam a me pisotear
E eu ainda continuo... Como?
Dia após dia, ao despertar
Eu só espero da realidade me libertar...
Dia após dia...
Nenhum mal me atingirá.