Nenhum mal me atingirá

Por dentre as névoas densas,

Por todas as noites em claro.

Por todas madrugadas solitárias

Nenhum mal me atingirá.

Todos os dias

Por qual enfrentei

Todas aquelas pessoas frias

Que me queriam ver sofrer.

Cada verso escrito

Cada sentença errada

Jamais se importaram comigo

Cada olhar era um facada.

Cada pessoa com olhar gélido

Suas expressões de pânico e rancor

Me causavam uma euforia incrédula

Sentia medo... Minha coragem se enterrou.

Como continuar?

Dias após dias, logo ao levantar

Já me deparava com suas expressões frias

Com suas ironias

No olhar.

Como continuar?

Todas as madrugadas eram sombrias...

O vento vinha

Suave como qualquer brisa

Apavorado pelo luar

Tocar sua imensa sinfonia...

Sua linda melodia.

Uma linda melodia apavorante

Chegava a ser até arrogante

O seu lindo jeito de tocar...

A sua bela maneira de comigo compartilhar.

Nenhum mal me atingirá...

Nenhum mal me atingirá...

Nenhum mal... Me atingirá...

Nenhum... Mal...

Quantas vezes não despertei de um sonho

Que se revelava um sonho dentro de outro

Para, enfim, despertar desta terrível prisão

E enxergar a verdadeira maldição.

Aqueles olhares gélidos

E ao mesmo tempo, escaldantes

Todos se escondiam das suas próprias faces...

Todos... Agonizantes.

Nenhum mal me atingirá...

Nenhum mal me atingirá...

Nenhum mal... Me atingirá...

Nenhum... Mal...

Como continuar?

Sabendo que todos estavam dispostos a me pisotear...

Como seguir em frente?

Todos possuíam olhares de desprezos ferventes.

Como?

Todo dia ao acordar

Já começam a me pisotear

E eu ainda continuo... Como?

Dia após dia, ao despertar

Eu só espero da realidade me libertar...

Dia após dia...

Nenhum mal me atingirá.

Luís Fernando Pedro Paulino da Silva
Enviado por Luís Fernando Pedro Paulino da Silva em 23/12/2014
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