O TEMPO
Inimigo do homem
Sentinela amiúde
Impressões sobre o tempo
Infeliz juventude
Traiçoeiro, cobra responsabilidades
Que sempre aceitei
Deixava de saborear a vida
Perdendo novidades
Sempre lamentando,
Devagarinho, ele foi enganando
Era Cronos, esse senhor poderoso que não perdoa atraso
E assim, a vida passou
Sonhos foram perdidos
Ilusões alimentadas
No tempo em juízo
Oportunidades erradas
Agora, depois dos quarenta, percebo de camarote
Que esse sacana de ampulheta, não passa de um sopro
É o destino do homem, alertado por Nietzsche
Que devemos abraçar o momento
E assim, fazer as pazes com o tempo