Diante uma vela
Perante uma noite fria eu me encontro sozinho.
Em um quarto isolado, escuro e tenebroso.
A única coisa que me faz se sentir vivo és um objeto.
Me trás calor e aconchego, uma ilusão de companhia.
Apesar de incontáveis feridas abertas que não me trazem dor.
Meu rosto está cor do vinho, sagaz e vivo.
Sangue, banho de sangue.
Me encontro ajoelhado diante do objeto e diante um quarto que não há portas.
Não há como sair nem como entrar.
O objeto é singelo e limitado.
E antes que ele pereça vou me unir a ele.
Diante dessa vela balbucio minhas ultimas palavras.
Aproveitando de seu fogo brando.
Me ponho a queimar.
Diante de um quarto sem respostas.
Diante de uma vela acesa.
Me ponho a queimar.