Significações do Mundo.

As Significações do Mundo.

O mundo poderia.

Não ter significado.

Já que o entendimento.

É apenas a representação.

De uma razão alienada.

Então o mundo poderia.

Ser o antimundo.

O que seria o universo.

A negação do antimundo.

O eterno vazio.

Tendo como definição o vácuo.

A única realidade a ausência.

Necessariamente descabida.

Escura e infinita.

O universo indefinível.

Mas a realidade que vejo.

Não é a materialidade do mundo.

Pois o infinito é apenas um fluido.

Inclassificável.

Entretanto, qual a natureza.

De seus aspectos contínuos.

A extensão do nada.

O vácuo é o vácuo.

Nada nele tem funcionalidade.

Mas o tamanho da matéria.

Funciona em sua não quantificação.

O mundo.

Em substancialidade mater.

Constitui-se em sua negação.

Significando, portanto.

Tudo que existe não tem existência.

A realidade é uma contra força.

Negativa.

Desse modo.

O mundo é o que não é.

Apenas explicitações ideológicas.

Sua inexistencialidade.

Todas as formas.

O olhar como ficção.

O entendimento do conceito.

Desse modo o mundo.

Não é ele mesmo.

Confirma-se a inexistência.

De todas as coisas existentes.

Como não sendo reais.

Apenas o conceito.

Das definições ideológicas.

Qual é a substância.

Da imaginação.

O mundo platônico.

A contestação aristotélica.

Se não existe deus.

Nada poderá existir.

E deus não existe.

Também a alma.

Tudo que existe apenas.

Deturpação.

Dos entendimentos.

Não é necessário o medo.

Porque sentir angústia.

Da leveza de um imenso vazio.

A matéria também não é real.

Pergunte a um macaco qualquer.

Qual é a significação da vida.

Preferencialmente.

A um chimpanzé.

Pois temos o mesmo DNA.

Se bem que o DNA.

São apenas quantificações.

Dos aspectos referenciais.

Não pergunte a ninguém.

Pois será como se perguntasse.

A uma pedra qualquer.

Perdida ao meio da floresta.

O homo sapiens.

Em sua evolução de hominídeo.

Quando primitivo.

Ainda primata.

Tudo que perguntasse a ele.

Seria como se contemplasse o vento.

Sem tempo.

Sem entendimento.

Ele transava.

Com a mãe.

Com as irmãs.

Tias.

Hoje transa consigo mesmo.

Como antes.

Entretanto, imagina civilizado.

Sem cordas vocais.

Não tinha linguagem.

Não sabia que morria.

Desconhecia a vida.

O instinto era magnífico.

O sexo como pecado.

Resultado da propriedade privada.

Ideologias dos deuses perversos.

Sem contar que a proibição do sexo.

A mulher precisava ser comercializada.

Com comparsas de outras tribos.

Alianças de guerra.

Hoje o adultério como pecado.

Ideologia de preservação.

Da propriedade privada.

Após a criação do Estado.

A mulher pobre tem a função parir.

O uso do instinto.

Para produzir pião de fabrica.

Para burguesia divertir em finos motéis.

O grande objetivo do mundo.

Operarias parir piões.

Para servir o luxo burguês.

Entretanto, o mundo.

Não significa nada.

Além de uma grande ilusão.

Contínua.

Repetitiva.

Como se tudo isso fosse realidade.

Uma brincadeira interminável.

Da reformulação do nada.

Autor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 13/12/2014
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