AS TUAS ASAS DE VELUDO.
Eu quero encontrar o meu contra ponto pelos corredores vazios de arrelia, abrasar com um olhar na tua direção, através dos portões trancados em réstia de teimosia, e a conexão meio desligada, vindo de luzes baixas onde não posso ver quem se arremete pela estrada. As minhas palavras são o meu carimbo e minha elegia, que nem preciso de luz para acender um fogo, mesmo sem eufonia, quando me aproximo e não posso definir o sacrifício de uma cruz em romaria.
Mesmo quando decido deixar as minhas escritas embaixo de pedras e portas sem cadeado, faço desenhos entre as estrelas, com linhas da minha imaginação, e agora que já me encontro açodado, em estado de rendição. É quando tento limpar o meu coração, tentando e cortando as cordas presas a minha alma, que parece ser um problema, tipo um fuste empeçado.
Procuro esconder nas minhas cicatrizes já em estio, para me manter disfarçado nadando em pleno vazio, e quando eu fecho os meus olhos, e vejo as antenas no céu, brunindo as suas asas de veludo, aonde as nossas vidas vão seguindo diretrizes, que apenas fomentam o nosso escudo.
Recordo de como nós perseguimos o sol , quando então alcançamos as estrelas na noite, sabendo que nós podemos achar o nosso caminho, para de algum modo escapar do açoite, desse mundo em que estamos em alinho, e eu sei que iremos encontrar um lugar melhor, e paz na mente, de onde começamos sozinho.
O êxtase me controla através de uma vasta visão de fogo, mas, eu ainda me alimento com uma sensação de desejo ou rogo, possuindo minha alma, até eu não poder acreditar em meus olhos em lume, escutando a voz calma que eu reconheço um ser de nume, porque eu ainda preciso daquelas ondas de um novo costume.