NON HABEMUS PATIENTIAM NEC TEMPUM
 


Apiedo-me de ti,
porque trais, corrompes,
alicias, discriminas...
Tu não és amado por ninguém,
nem por ti mesmo.
Apiedo-me de ti,
porque nunca sabes o que se esconde
nos sorrisos reticentes
e nos olhares dúbios
daqueles que te rodeiam.
Apiedo-me de ti,
porque desististe da honra
e achaste cansativo o bom combate.
Apiedo-me de ti,
porque és meu irmão;
porque te perdeste no caminho
e não és motivo de orgulho
para quem quer que seja;
porque quero que despertes
deste pesadelo causado pela ambição.


            




Agradeço ao Poeta José Luiz de Carvalho por sua valiosa interação:



Apiedo-me de ti,
porque desististe da honra...
este tesouro de valor decrescente,
a moeda pela qual todos deveriam lutar.  

            
LuciaArmenioLeal
Enviado por LuciaArmenioLeal em 11/12/2014
Reeditado em 25/01/2015
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