NON HABEMUS PATIENTIAM NEC TEMPUM
Apiedo-me de ti,
porque trais, corrompes,
alicias, discriminas...
Tu não és amado por ninguém,
nem por ti mesmo.
Apiedo-me de ti,
porque nunca sabes o que se esconde
nos sorrisos reticentes
e nos olhares dúbios
daqueles que te rodeiam.
Apiedo-me de ti,
porque desististe da honra
e achaste cansativo o bom combate.
Apiedo-me de ti,
porque és meu irmão;
porque te perdeste no caminho
e não és motivo de orgulho
para quem quer que seja;
porque quero que despertes
deste pesadelo causado pela ambição.
Agradeço ao Poeta José Luiz de Carvalho por sua valiosa interação:
Apiedo-me de ti,
porque desististe da honra...
este tesouro de valor decrescente,
a moeda pela qual todos deveriam lutar.