Hora de Dormir

Me jogo perante o travesseiro.

Fecho os olhos no desejo de poder sonhar.

Vozes ecoam na escuridão.

Vozes que vêem do quarto ao lado.

Gozo de pessoas devassas.

As vezes escuto em tom baixo e outras em tom alto.

Palavras obscenas, machistas e feministas dificilmente são de amor.

Porcos imundos, escoria que tanto odeio.

Enquanto eles transam eu tento dormir.

Todas as noites eu tento apagar bem rápido.

Sou derrotado a maioria das vezes.

Levanto muitas vezes e fico a perambular pelo quarto com a escuridão me fazendo companhia.

Consumido pela noite, torturado por vozes estranhas e manipulado por a solidão do meu ser.

Quando estou no meu limite começo a cantar baixinho.

Quieto no canto a solidão vêem bem mansa.

Sozinho no escuro sou um ser único.

Um simples desejo antes que amanheça.

Que cheguei logo a minha hora de dormir.

Aldair FJ
Enviado por Aldair FJ em 11/12/2014
Código do texto: T5065819
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