DE REPENTE

Agora eu preciso deitar-me,

arrancar do peito a vontade de querer-te a todo instante,

viver o sonho que guardei para ti,

onde juntos caminhávamos de mãos dadas...

Agora preciso acordar desse sono eterno,

e esquecer da vontade de querer te encontrar,

preciso viver intensamente ou não viver,

deixar de morrer a cada dia

e ressuscitar para o que deixou de existir...

Dou a você a única coisa que ainda me resta: o meu coração,

que deixa de ser meu para ser seu,

que deixa de pulsar para bater calado,

sofrer calado as dores que outrora não sentia...

Um balé de lágrimas vai se formando por entre meus olhos,

na dança da solidão que aprendi a dançar com você,

no tremor de um vulcão que já não pode mais conter

e explode de desejos por ti.

Um raio de sol toca o meu rosto

e vai enxugando as lágrimas que desciam sem pressa,

me fazendo crer que no amanhecer nos encontraremos,

e seremos eternamente felizes dentro de um segundo,

porque um segundo apenas é suficiente

para os meus lábios encontrarem os teus...

De repente, eu descobri que te amava,

descobri que a lua toma emprestado o brilho do teu sorriso,

de repente, descobri que sem você eu sou apenas eu...

Marcelo de Lima Cruz
Enviado por Marcelo de Lima Cruz em 07/12/2014
Código do texto: T5061216
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