A SOLIDÃO

Quem acha

que a solidão

me entedia,

engana-se!

Tenho sempre

a poesia pra

me consolar!

Por isso,

não me deprimo

com as agruras

doridas da vida;

que tentam,

em vão,

me desvirtuar

do que considero

construtivo

ao meu bem-estar

espiritual!

Assim, jamais

temo ficar só;

e muito apraz-me

ouvir os meus

silêncios íntimos;

pois é através

deles, que consigo

imergir nas fontes

inspiradoras

de minha poesia;

para retirar

desses recantos

latentes da arte,

motivos poéticos

suficientes

que me propiciem

os alívios fluídicos

que me conduzam

pelas veredas

da consciência

regenerada.

A solidão pode

até não ser

benéfica aos que

não sabem

usufruí-la pela

introspecção;

mas para quem

se dedica à dada

obra de arte,

sobretudo a arte

literária,

ela é essencial

à reflexão

criadora!

Amo, como Rilke

amou, em vida

e poesia,

a útil solidão!

Sendo

o isolamento,

um fiel aliado

a esse prazer

incomum

de gostar

de ficar só;

na verdade,

não me sinto

só, para compor;

porquanto,

no silêncio

meditativo

da solidão,

a poesia sempre

brota qual sol

luminoso

em cada novo

alvorecer!

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 04/12/2014
Reeditado em 13/12/2014
Código do texto: T5058673
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.