ADEUS
Ainda estou aqui...
Fecha os olhos
E morra calmamente
As estrelas cativam
Seu rosto
É livre dessa matéria
Vou velar eternamente
Por você
Adeus... Adeus...
Basta para mim
Sigo pelas cordilheiras
Essa misteriosa transcendência
Rasgo o véu
E digo adeus...
Nesses vagos momentos
Que vejo teus olhos
Numa desventura
Que atravessa as montanhas
E voa entre as águias e feiticeiras
Para abalar meus sentimentos
Sinto muito...
O vendaval é a morte
O próprio lodo é mais fecundo
Mas tenho uma vaga esperança
Que tanto anseio
Como faróis
A me guiar
Nas âncoras profundas
Do mar... Adeus.
Escrito por Clemilza Maria Neves de Oliveira