O Destino Comum das Significações.

Recordo-me daquela tarde.

Que andava.

Tentava entender os sinais.

Indeléveis.

A magnitude da inquietude.

Cada trilho.

Tinha uma significação própria.

O sol era brando e amarelava.

Antes do escurecer.

Recordo-me de tudo.

Da beleza do entardecer.

Párvulo sorriso pascácio.

Água límpida de um rio.

As árvores brotando em flores.

A lexicologia do campo.

Liame a imaginação.

Apofântica.

Tempo para viver a recordação.

Enquanto tiver a existência.

O inexaurível o olhar distante.

Perdido.

Como se os anos fossem reiniciar-se.

Era tão pequenino.

Entretanto, encantava-me.

Com o giramento interminável do sol.

Sem entender as teorias heliocêntricas.

Copernicanas.

Quando a noite chegava.

Achava interessante a escuridão.

Latíbulo mundo.

Cheio de lonjura do resto do tempo.

Imprecaução de um destino comum.

Como se fosse à importância da mistificação.

Aporia hilética imperscrutável.

Se pudesse.

Se tivesse direito.

Sentaria e sentiria o cheiro.

Do instante em que desapareceu.

O mundo heurístico.

A Filosofia de Galileu.

O que reflito agora.

Nem mesmo o autor poderá entender.

A disjunção propositiva aristotélica.

Dialética anacrônica nietzschiana.

Se pudesse voltaria.

Recordaria diferentemente.

O exercício do caráter ontológico.

Da ideologia imaginada as páginas viradas.

Um silêncio muito curto.

Voou e atingiu o espaço.

Voltando sozinho.

As veleidades do destino.

Inconcusso a vossa natureza.

O espaço incontido a sua surpresa.

Indissimulável.

Onda perdida, entretanto iterável.

A isóscele dessuetude.

O tempo foi.

Também seu significado.

As ideologias interpretativas.

Dos vossos sinais.

Intermináveis as recordações.

Afetivas e dóceis.

De lugares distantes inimagináveis.

Resto de cenas.

De anos imemoriáveis.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 01/12/2014
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