RASTROS

Não deixo rastros do que fui,

porque as minhas pegadas

disformes estão esquecidas

nos arquivos de minha

consciência aprendiz. Mas

deixo pistas do que deles

aproveitei de útil para seguir

em frente, tentando secar

os meus choros emotivos,

revertendo-os em sorrisos

colhidos nas singelas flores,

cujas seivas orvalhadas, já fluem

tão escassas, pela presença

um tanto quente do sol.

Tão essencial em minha

renovada caminhada,

são as luzes cintilantes

que emergem de minha

consciência, agora impelida

em regenerar-se dos erros

que tanto inferiorizam-na.

Se antes, era preciso sentir

as pisadas sofríveis sobre

as veredas espinhentas,

foi para que hoje, pudesse

iniciar os gozos dos alívios

morais, pisando sobre

as estradas edificantes

que preparam a consciência,

não para seguir os rastros

trevosos, que disseminam

o mal; mas para seguir os

rastros luminosos, que, tão

plenificantes, semeiam o bem.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 29/11/2014
Código do texto: T5052880
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