Percepções Intuitivas.

Percebi.

Que existia uma encruzilhada.

Posteriormente.

Milhares delas.

Que o mundo era cheio de curvas.

Invariavelmente.

Trilhos imperceptíveis.

Irracionais.

Que não levava em lugar nenhum.

Trilhos curtos.

Pequenos e leves.

Em cada um deles uma ancora.

Confundindo com as trajetórias.

Foi uma grande descoberta.

Magnífica.

Mas cruelmente delirante.

Perdi noites de sonos.

Devido a esse grande acontecimento.

Em minha vida.

Nunca me esquecerei de que a noite.

Acordava com as estrelas.

Sonhava com a intensidade da madrugada.

Nunca quis ser poeta.

Muito menos sentir os rugidos

Dos acontecimentos.

Melancólicos.

Acepção dos sonhos de um dia.

Serem a magnitude da esperança.

Talvez tivesse apenas o brilho.

De tal perspectiva.

Não sei o quanto devo dizer.

Vossas senhorias.

Tão incomum a destinação.

As fatigas ao olhar indelével.

O mais absoluto silêncio.

No trilho havia uma árvore.

Plantada ao meio.

Evitando a passagem.

A inexaurível imagem.

À noite então o azul era encoberto.

Acontecimentos imemoráveis.

Não posso esquecer-me de cada passo.

Dado aos olhares distantes.

As coisas foram desse modo.

Acontecimentos exuberantes.

Outros não fascinantes.

Recordo-me das falas.

Das memórias.

Como se tudo fosse apenas repetição.

Dos permanentes insignificados.

A inteligência fora a linguagem.

De todos os tempos.

Até mesmo acepção do delírio.

Imagino os caminhos.

Os fatos inumeráveis.

O olhar debruçado ao encantamento.

Das ondulações debuxadas pelo vento.

A dessuetude do tempo.

Por fim os sinais.

Retinas como se fossem pálpebras.

Entre outras encruzadas.

Teria que entender o movimento.

Do hidrogênio.

Pequenas fábulas prescritivas.

Restaram-me então adivinhações.

Saberes e saberes, metamorfoses.

Negando as pastagens.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 27/11/2014
Reeditado em 27/11/2014
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