SILÊNCIOS POÉTICOS

Às vezes, falo pelos

meus silêncios poéticos,

abstraído na contemplação

de minhas paisagens

interiores; de onde retiro

inspirações ancestrais

em vestígios de poemas

épicos, para transformá-los

em pérolas poéticas

modernas que me edifiquem,

e aos meus diletos leitores.

De outras vezes, são os meus

próprios silêncios espirituais,

que se refletem na beleza

natural das paisagens

exteriores; numa comunhão

profunda de edificantes

benefícios morais, entre

a minha consciência artística,

e a consciência cósmica

dos elementos naturais

benfeitores. Ademais, sinto

que, é mediante a riqueza

espiritual dos meus silêncios

meditativos, que brota, tão

espontânea, a essência

criadora de minha literatura;

fluindo tão maviosa dos meus

recantos íntimos, como

caudalosos rios perenes

fertilizando os meus silêncios

vivos, tão repletos

de sensibilidades poéticas

e prosaicas, que falam

do encanto criativo da arte

que em mim perdura.

Posto que, o que escrevo,

é fruto quase sempre,

dos momentos silenciosos

que emergem do fundo dos

meus arquivos reminiscentes;

que podem, tanto abordar

o que fui em vidas passadas,

como o que estou sendo em

vida presente, preparando-me,

decerto, para o que serei

em meu porvir, como alma

regenerada, desfrutando

moralmente de uma vida

espiritual transcendente.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 26/11/2014
Código do texto: T5049070
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.