Fardos e regressos

Fardos e regressos

Um dia ao caminhar,

Me perdi no vale das sombras,

Pois ao errar

Lancei a mim na penumbra.

Só lembrava de seus olhos,

E amaldiçoei meu Senhor,

Ao me deitar no solo

Dei vazão a minha dor.

E a quem iria enganar?

Se a culpa exclusivamente minha,

Somente poderia me ludibriar,

Se minha alma se rompeu sozinha...

A escolha é um bem que deve ser preservado,

Pois a causa gera os princípios, que se desonesto,

Nada mais poderiam ser ressaltados

E por mim seriam meios de ilusão funestos.

As razões de um homem se lançar em seu próprio abismo,

É não crer que o mal gera seu pessoal inferno,

Um sarcástico escapismo

Talvez assim não seria, se fossemos autossuficientes, mesmo que ocultados por nossos ternos.

O véu que a Humanidade não enxerga,

Se deve a sua pura ignorância,

Um egoísmo que enverga

Nos limites da intolerância.

Criamos verdades e fatos que fogem ao nosso controle e nossas vontades,

Porque nunca temos tempo para uma questão real,

Assim quebrados a utilidade da reflexão e reciprocidade

Que nos tornaria, seres mais altruístas, na medida do conhecimento verbal.

Poeta da Revolução

Earhuon
Enviado por Earhuon em 25/11/2014
Reeditado em 12/02/2015
Código do texto: T5048320
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