Fardos e regressos
Fardos e regressos
Um dia ao caminhar,
Me perdi no vale das sombras,
Pois ao errar
Lancei a mim na penumbra.
Só lembrava de seus olhos,
E amaldiçoei meu Senhor,
Ao me deitar no solo
Dei vazão a minha dor.
E a quem iria enganar?
Se a culpa exclusivamente minha,
Somente poderia me ludibriar,
Se minha alma se rompeu sozinha...
A escolha é um bem que deve ser preservado,
Pois a causa gera os princípios, que se desonesto,
Nada mais poderiam ser ressaltados
E por mim seriam meios de ilusão funestos.
As razões de um homem se lançar em seu próprio abismo,
É não crer que o mal gera seu pessoal inferno,
Um sarcástico escapismo
Talvez assim não seria, se fossemos autossuficientes, mesmo que ocultados por nossos ternos.
O véu que a Humanidade não enxerga,
Se deve a sua pura ignorância,
Um egoísmo que enverga
Nos limites da intolerância.
Criamos verdades e fatos que fogem ao nosso controle e nossas vontades,
Porque nunca temos tempo para uma questão real,
Assim quebrados a utilidade da reflexão e reciprocidade
Que nos tornaria, seres mais altruístas, na medida do conhecimento verbal.
Poeta da Revolução