As Significações do Tempo.

As Significações do Tempo.

Esse canto perdido.

Esquecido.

Cheio de significações.

Metonímicas.

Tardes inteiras.

Recreações.

Não existiam outras possibilidades.

O rio e o campo de futebol.

Era um tempo muito simples.

Inexplicável.

Morfologicamente as determinações.

A materialidade hilética.

A noite muito grande.

O céu cheio de estrelas.

Recordo-me de todos os sinais.

De fatos inenarráveis.

O não tinha o que fazer.

O mundo monômio.

Como o dia demorava em acabar.

Montado em um cavalo branco.

Cavalgava sem direção.

Queria ver gente.

Mas não sabia falar.

O som neológico.

Perdia-se nas cordas vocais.

Tinha vergonha.

Até mesmo do brilho do sol.

Era muito simples.

Completamente inocente.

Nada além da terra e do céu.

O cuidado itinerante com a alma.

Os anos passaram.

Com o movimento da terra.

Ninguém pode explicar.

Quais seriam os significados.

Hermenêuticos.

Cada momento distante.

Parcialmente solitário.

Se não fosse aquele instante.

O mais decisivo de todos.

Nada teria realizado.

Phainómenon factível.

Se pudesse voltaria.

E tentaria caminhar aquele momento.

Pelos trilhos os quais me conduziram.

A lonjura imaginativa dos sonhos.

Mas tudo se iniciou.

Sem ser refletido.

A diacronicidade ideológica.

O mundo simbólico.

Menor que a linguagem.

Recordo de tudo.

Até mesmo da cor da terra.

Simples demais.

Para entender a complexidade do medo.

Tempo que não poderia ser.

Ego sum cogito.

O eu existencial.

Mesmo sendo a história.

E seus pobres sinais.

Uma nuvem cobria o espaço.

Apofanticamente.

Mas não refrescava.

A luz de hidrogênio.

Mas quando me perguntaram.

Se poderia ser.

Não seriam possíveis outras imaginações.

Heteronimicamente.

Aquele tarde.

Foi magnífica aos sonhos.

Inexauríveis.

Ainda tenho na memória.

O reflexo dos encantamentos.

O que penso o que falo e escrevo.

São impossíveis.

As vossas compreensões.

Idiossincráticas.

O mundo de luz.

O brilho do céu.

As estrelas das madrugadas.

Os sonhos desejáveis.

Se pudesse.

Se os cantos.

Recordassem.

Se o tempo mimetizasse a memória.

Em um momento exuberante.

Entendimento heurístico.

As significações dos sinais.

Os únicos possíveis.

As fantasias de um sonho.

Indelevelmente significativo.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 22/11/2014
Código do texto: T5044884
Classificação de conteúdo: seguro