A PONTE

A PONTE

Os brancos dos cabelos mostram o inverno chegando

A ausência do desejo de sair de casa confina a alma.

O aniversario dos netos tem sido a única alegria

O caminhar já se tornou mais vagaroso, pra que pressa?

Os pensamentos buscam no passado o vigor esgotado

As lembranças pingam gotas nos olhos lacrimantes.

Os olhos ficam perdidos no horizonte, buscando o que?

Os ponteiros dos relógios tem hora parecem parados.

O ontem é igual o hoje e amanhã não espere o novo.

Assim caminha o velho olhando os netos com carinho.

Sabendo que dali continuará sua descendência a caminhar.

Pois a vida não pode acabar na falta de um outro toma o lugar.

Assim se sucedem as gerações, caminhando retas na direção.

Quantos bilhões por aqui passaram, deixando rastos diferentes.

Escrevendo historias lindas, tristes, sofridas e muito comoventes.

Assim se constroem a humanidade sempre na busca do melhor.

Aprendendo com o que passou, construindo pontes de ligação.

Com um futuro imprevisível, mas vivível até o dia da ultima escuridão.

sSant Ana (Drakcom ) 21/11/2014

Phósforus
Enviado por Phósforus em 21/11/2014
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