Sempre que desprevenido

Sempre que desprevenido

A vida me põe a correr

Não me tenho como vencido

E me ponho a aquecer

Sofro, cresço e resmungo

Ao início da longa carreira

Porque sei que tenho o mundo

A percorrer com nada na algibeira

Digo que a vida só ensina

A quem tem olhos bem abertos

Um atento ouvido que se atina

A manter o coração bem desperto

A vida este rico presente

Que sem preço nos foi dado

Ensina-me a ser diferente

E pelo amor ser inspirado

Aposto, e sei que hei de ganhar

Que o que é feito com amor

Tem a graça de embelezar

Como a sutileza da vida e a harmonia da flor.

Marcio José (Méndez) de Lima

(01/08/2009).