NOTURNO
NOTURNO
Quantos momentos de insônia
Não consumi perdida no choro
Escutando os rumores do coração
Quantas noites de angustias e delírios
Não velei entre o travesseiro e o soluço
A vida parecia ardente e louca
Agarrei-me as sombras
Que me espreitavam
Os sonhos tresloucados
Dos desejos alados
Que noturnamente
Vinham visitar-me
Deixando tépido vestígio
De beijos divinais
Escrito por Clemilza Maria Neves de Oliveira