Império

Não é nem um pouco difícil escolher,

Entre dura verdade e flácida mentira;

Dane-as a vida mole, busco substância!

E os valores vividos também dão prazer,

Desde que, na formação, se os adquira,

Lá no início, enraizados desde a infância...

que os bois atendam pelo devido nome,

não desrespeitem ao ser, nem ao fato,

não chamem de amor à frouxidão moral;

sejamos dignos da condição de homem,

que haja proporção entre pé e o sapato,

que ao diferente não se rotule de igual...

as sensações que naufragam conceitos,

tentando pacificar a ovelha com o lobo,

a muito me livrei dessa velha mortalha;

prefiro morrer a negar, sadios preceitos,

mesmo que chamem de radical, ou, bobo,

me incomodaria mais, a pecha de canalha...

Se apto ainda pela sensibilidade, poemas,

Essa “maciez” aceito, como contraponto,

Pra que a engrenagem da vida seja grata;

Afinal lazer e valores são distintos temas,

Se propuserem farei a opção de pronto,

Pelo reino das flores, ao império de lata...