O TUDO E O NADA

Alarme total

Desarme, entrave,

Putz, foi na trave

E tudo se perdeu

E nada aconteceu

A não ser aquele

Velho desfecho inevitável

Imaginação a invadir

Ideal de mim, propício

Refugio pra se escapulir

Sem nada se importar

E atrozmente tudo a podar

A semente que ainda se ia plantar

E o alicerce da casa que se pensava morar.

Palavras, ás cegas entre trevas

E algo a mais ou a menos

Entrega unilateral

Um bem estar... nem dá pra acreditar

Eis que a revelia do explorador

O labirinto se contrai

E tantas opções já não existem mais

Fazendo-o sucumbir diante

Do nada, do vazio, do abismo

Que ele tanto queria fugir

Que o fizera chorar e o fizera rir.

Aquela visão do nada que é tudo

E do tudo que é o nada.

ZARONDY, Zaymond. Poe_Suas & Poe_Minhas. São Paulo: Grupo Editorial Beco dos Poetas & Escritores Ltda., 2017.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 11/11/2014
Reeditado em 16/11/2017
Código do texto: T5031872
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.