" A beleza dos anos "
“A beleza dos anos”
Tenho meus vinte e tantos anos e singrei um recomeço,
a brisa do mar tornou-se tormenta para meu sossego.
Tenho meus trinta e poucos anos e sangrei no aconchego,
o desalento com a verdade mostrou-se ineficaz perante o bocejo.
Tenho meus quarenta e tantos anos e sondei o meu espelho,
a vergonha de meus atos escondeu a vaidade por detrás dos erros.
Tenho meus infindáveis anos e já não me incomodo com o tempo,
o sabor da chuva e o sol na cara, deixaram marcas inapagáveis pelo vento.
Tenho meus anos para mais, não sei se na estrada deixei meu apreço,
a história pode sempre ser recontada, mas as lembranças; essas não se pode colocar preço.
Poeta Marques Corrêa