Pó e tais

Sempre distraído, a ninguém juro fidelidade

não é momento poeta e sim eternidade

A Sábia que aqui cantava não pode mais cantar

especulação imobiliária, ela teve que se mudar

e no céu todas estrelas se calaram inibidas

emudecidas pelos letreiros luminosos

pois sabem que o amor existe até em SP

mas que hoje não passa de mais um negócio

rio do cão sem plumas e de seu gato azul

e num gargalho os informo que poeta é meu cú

Pasárgada, amigo do rei eu não seria, nem por ironia.

enquanto admiram a maquina do mundo

pessoas confundem-se a mercadoria

se pudesse seria ferrugem e a corroía

limpando assim o seu trabalho e poema sujo

ainda sendo fruto desse subproduto

fazendo poesia e cantando alegria, alegria...

Sem data/2013

Vitor Reis
Enviado por Vitor Reis em 11/11/2014
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