DIFÍCIL AMANHÃ

DIFÍCIL AMANHÃ

A lucidez é pálida

Polida, esquálida

A estupidez tem tons fortes

Tonitruantes, amedronta

Afronta, destrói

Por onde passa deixa rastros

De sangue, cicatrizes

De desesperança

Apaga a inteligência

Emerge a violência

Submerge o contraditório

Emerge o auditório

Que subverte a história

Que não vaia

Que se mecaniza

Em aplausos

Ensaiados qual claque

De um programa

Que apaga o pensar

E a liberdade de expressar

Esse é o futuro que se apresenta

Estupidezes controlando

Mentes e corações

De gentes sem futuro

E que não tem força

Para derrubar o muro

E gritar desvairadamente

Que quer ser dona de seu

Hoje com augúrios

De outros amanhãs

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 09/11/2014
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