DIFÍCIL AMANHÃ
DIFÍCIL AMANHÃ
A lucidez é pálida
Polida, esquálida
A estupidez tem tons fortes
Tonitruantes, amedronta
Afronta, destrói
Por onde passa deixa rastros
De sangue, cicatrizes
De desesperança
Apaga a inteligência
Emerge a violência
Submerge o contraditório
Emerge o auditório
Que subverte a história
Que não vaia
Que se mecaniza
Em aplausos
Ensaiados qual claque
De um programa
Que apaga o pensar
E a liberdade de expressar
Esse é o futuro que se apresenta
Estupidezes controlando
Mentes e corações
De gentes sem futuro
E que não tem força
Para derrubar o muro
E gritar desvairadamente
Que quer ser dona de seu
Hoje com augúrios
De outros amanhãs