Poeta é o bicho

Na verdade o arco íris já está feito, lindo.

O vereis depois que a tempestade passar;

Como sei? Ora, é do futuro que estou vindo,

na nave hope Enterprise eu naveguei até lá...

Eu mesmo sou o capitão dos meus sonhos,

Mapeio aos céus e exploro muitas galáxias;

Passo longe de buracos negros medonhos,

Pois, navegadora utopia mostra sua eficácia...

Um ou outro meteorito arranha-me a nave,

Risco calculado se singrar ao vasto espaço;

Se por agora do que quero me falta chave,

reviso instrumentos, rota alternativa eu faço...

Inspiração, combustível dos poetas, a escol,

Da humana espécie, alimento pro fogaréu;

Com sua lupa vi o arco íris, bela clave de sol,

Fulgindo esplêndido sobre a pauta do céu...

Dizem que somos bichos evoluídos eu e você,

Muitos letrados aceitam a falácia numa boa;

Essa tempestade ameaçadora até o gado vê,

bonança futura, só contempla a alma, que voa...

olhos de águia, phoenix, recicladores de lixo,

seres atemporais, enxergando entre os breus;

quiçá, estejam certos mesmo, poeta é o bicho

d’outra dimensão; bicho de estimação de Deus...