O Tempo em Nós

Supremacia.

Alguém ouvia uma canção.

Um bebê a ninar.

E o tempo avançou

tão silencioso.

E esse bebê já é um homem

ou uma mulher a amar.

Lembranças são tão veementes

que vão e vem sem desejar.

Coisas que há muito tempo esquecemos

do nada tendem a voltar.

Para nos fazer lembrar quem éramos,

de quem nós somos, cromossos a sonhar.

O tempo em nós.

Dando-nos certeza que não estamos sós.

Que existe algo além da vida.

Que os teus feitos heroicos não são

o que importa na hora da partida.

Mas sim o jeito que amou ao próximo

e os seus da família.

Escuto a voz solene do tempo.

Tudo que eu perdi e ganhei.

E o que sinto neste momento.

Que não posso voltar para corrigir

os meus erros.

Ficar ao lado de quem tanto amei

e que hoje em dia eu não tenho.

Só me resta seguir e procurar

cada vez menos errar.

Aproveitar cada segundo

ao lado de quem amo

o tempo que ainda tenho

nesta vida a desfrutar.

Renato Rodrigues
Enviado por Renato Rodrigues em 02/11/2014
Código do texto: T5020083
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