Poema de Éolo

O que sou? Se não o tempo

Espalhando em grãos os lamentos

Que sopram, suavemente em meu rosto

Às vezes forte, lá; pelos meses de agosto

Movimentando o pensamento

Sutil energia que nos rodeia, ou

em negra nuvem que nos segue

Reconhecimento

Descontentamento

Linimento

No ponto em que a dor se aloja

Nestes instantes de buscas

Em que soltamos gritos, ou deixamos

a morrer nos lábios, a palavra sã

Nestes ritos de incerteza pagã

Em que dançam os quatro grandes ventos

Boréas, Zéfiro, Euro, Noto

O que sou então? Se não, a seiva

de todos os quereres norte e sul

Transbordante em sonhos oeste

Com a força, de todas as realidades leste

Pelos campos ora sem vida, ora verdejantes

Construí, meus moinhos no tempo e brinco

Finjo, ser Éolo, sábio deus, senhor

A comandar; todos os meus fragmentos

*

Um Poema para a Poesia MEUS MOINHOS do Poeta FACURI.

Obrigada pela lufada que passou aqui de inspiração.

Beijos

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5011892

Éolo - Deus, senhor ou sábio dos ventos

Bóreas (N), o vento norte, frio e violento; em Latim Aquilon.

Zéfiro (O), o vento oeste, suave e agradável; para os romanos Favonius

Euro (L), o vento leste, criador de tempestades; para os marinheiros romanos Vulturnus

Noto (S), o vento sul, quente e formador de nuvens; em Latim Auster

Kellen Cristine
Enviado por Kellen Cristine em 30/10/2014
Reeditado em 31/10/2014
Código do texto: T5016925
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