Tristes Ilusões.
Sei o quanto.
Tudo isso não significa nada.
Apesar da interminável beleza dos universos.
Contínuos.
Sei do insignificado das coisas.
Do delírio dos deuses.
Das franquezas das razões não lógicas.
A metafísica não indutiva.
O começo de um princípio imemoriável.
Acepção kantiana do objeto como sujeito.
A memória a priori do método dedutivo.
Aristotélico.
Das bobagens escritas por Platão.
As assimilações indevidas.
De Santo Agostinho.
Das invenções da cultura helênica.
Das diferenças fundamentais do judaísmo.
Com a doutrina cristã.
O mundo fundamenta-se na mentira.
As irrealidades como realidades.
O mal apresentado.
Em defesa do bem.
Sei o quanto a cultura é deformada.
Exatamente para o domínio.
O quanto o mundo é sem perspectiva.
As pessoas buscam as ilusões.
O insignificado das coisas.
Do mundo.
Particularmente do mundo político.
A manipulação indecorosa.
Por gente de poder econômico.
A inocência das pessoas simples.
O significado das flores.
Compreendo.
O inexaurível perfume.
Exaurido pelos sintomas das madrugadas.
O luar despontado.
Com a plena luz do sol.
O entendimento do tempo sem fim.
Como se fosse possível.
Algo além da imaginação.
A retratação indelével.
De um lépido olhar a distância.
Axiologicamente.
Aos dizeres metafísicos.
Incalculáveis aos últimos sinais.
Absoluta perda da sensibilidade humana.
Substancializada em um direitismo.
Completamente ilógico e perverso.
Anti-humano.
Em serviço de um liberalismo. Imbecil.
O que ficou para esses lados.
Não é mesmo se quer a sobra.
Do que poderia ser pelo menos. Razoável.
Cresce litofilologicamente.
Sem factibilidade.
Ausência de facécia.
Sem significação.
O que deveria dizer.
Ao silêncio exegético.
Extrorso filologicamente.
As tradições indo europeia.
Esse mundo é apenas.
A eterna repetição.
Igual às flores que brotam.
Secam.
Na estação preferencial.
Ímola facultativamente o destino.
Gaúdio ao riso de um tempo. Indecifrável.
Ondulações ganjentas.
De gente completamente.
Lexicológicas.
A irrealidade do mundo.
As manipulações de consciências.
Ingênitas.
Inocentes ao domínio liberal. Burguês.
Edjar Dias de Vasconcelos.