ÊXTASE CRIATIVO

Quase sempre a poesia

flui em mim tão leve,

que não me sinto compondo

enquanto ser carnal;

sentir o êxtase criativo

de minha alma que escreve,

é como flutuar em perispírito

sobre lã de nuvem astral.

Algumas vezes, sinto

a presença de outros eus

em visita breve, que me

assessoram nesses instantes

de inspiração transcendental;

outras vezes me vejo voando

em sonho como alma alada

ultraleve, na companhia

de outros seres alados,

aportando em alguma

hospitaleira colônia espiritual.

Quase sempre, quando o vaso

carnal repousa no sono

reparador, é comum desdobrar-me

perispiritualmente, para reunir-me

com os poetas ancestrais;

são dessas reuniões espirituais,

decerto, que brotam motivos

inspiradores, para que o poeta-

escritor possa compor pérolas

poéticas já acumuladas

em suas verves conscienciais.

Desse modo, a minha inspiração

poética provém, quase sempre,

desses edificantes passeios

oníricos, onde absorvo dos poetas

ancestrais, a habilidade literária

já reunida na eternidade

de suas sabedorias intelectuais.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 23/10/2014
Código do texto: T5009051
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