POEMA CONFESSIONAL

Para Jormeire Silva,

a minha abençoada varoa!

Ah, meu amor,

nós dois aqui,

nesse recanto

ajardinado,

trocando abraços,

carícias e beijos;

no cair da tarde

amena, curtindo

o nosso amor

sem pranto;

festejando

a nossa alegria

em amorosos

mútuos desejos.

Mas tão contente,

choro no teu colo,

por te amar tanto,

que você, tão

sorridente, ocupa-se

em distrair-me com

meigos gracejos;

depois, acariciando

o meu rosto, você

diz que também

me ama, deixando

cair, tão emotiva,

o teu meloso choro,

tão fértil de encanto;

são os nossos rios

lacrimosos nos unindo

cada vez mais em

perenes sentimentais

lampejos. O tempo

que ficamos um

sem o outro, não

enfraqueceu o nosso

amor; e não foi

tanto tempo assim,

considerando a nossa

imensa vontade

de doação amorosa;

conquanto, o nosso

amor já é tão rico

de afinidades virtuosas

que, cada precioso

instante do nosso

amar, simboliza em

nós, o eterno amor,

que tem por todos

nós, O Criador!

Só nós dois e Deus

sabemos, o quão

intenso sentimento

de afeição profunda,

temos um pelo outro,

como se já estivéssemos

antecipando a sensação

inefável de eternidade

afetiva das nossas almas,

em nossas presentes

vidas carnais. Apesar

da distância física

que nos separou durante

muitos anos, decerto,

espiritualmente, sempre

estivemos bem

vinculados, bem juntos

um do outro; e agora,

segundo a Vontade

de Deus e as nossas

vontades, Deus permite

que os nossos corpos

físicos se unam

amorosamente,

para que possamos

aprimorar moralmente

o nosso amor espiritual,

mediante a unidade

harmônica cósmica

que eleva as nossas

almas afinizadas com

os intentos sublimes

de nossa melhoria

evolutiva. Assim

é o nosso amar, meu

amor, tão unitivo

e tão eterno, quanto

a própria eternidade

espiritual que, no porvir,

nos espera.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 16/10/2014
Código do texto: T5001038
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