Cronos
Tempo, onde vai com tanta pressa
Assim, como vou alcançá-lo?
Ando em descompasso
Sinto-me cansada
O tempo de ser
Choca-se, inquieta-se
Devorada por Cronos
Me vejo em agonia
Sem ar
Sem direção
Não quero o seu poder
Quero apenas ir
No meu ritmo
Seguindo o meu passo
Sem essa pressa
Essa sensação de incompletude
O meu tempo é o da poesia
Inspiração
Imaginação
Divagações
As loucuras desse mundo
Destrambelhou o tempo
Gaya gira como louca
Será Saturno brigando com Urano?
E daí seres tão cegos e deformados?
O mundo precisa gritar com poesia
Transmutar a dor
A poesia é uma alquimia...
Talvez exista uma solução
Poetas do mundo, uni-vos!
Vamos transformar Cronos em poeta
E poetizar os seres
o ritmo da vida...