Cronos

Tempo, onde vai com tanta pressa

Assim, como vou alcançá-lo?

Ando em descompasso

Sinto-me cansada

O tempo de ser

Choca-se, inquieta-se

Devorada por Cronos

Me vejo em agonia

Sem ar

Sem direção

Não quero o seu poder

Quero apenas ir

No meu ritmo

Seguindo o meu passo

Sem essa pressa

Essa sensação de incompletude

O meu tempo é o da poesia

Inspiração

Imaginação

Divagações

As loucuras desse mundo

Destrambelhou o tempo

Gaya gira como louca

Será Saturno brigando com Urano?

E daí seres tão cegos e deformados?

O mundo precisa gritar com poesia

Transmutar a dor

A poesia é uma alquimia...

Talvez exista uma solução

Poetas do mundo, uni-vos!

Vamos transformar Cronos em poeta

E poetizar os seres

o ritmo da vida...

Wiara Barreto
Enviado por Wiara Barreto em 15/10/2014
Reeditado em 22/03/2017
Código do texto: T4999811
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