ASAS

Prenderam as minhas asas

Me surraram, me fizeram sangrar

Prenderam as minhas asas

Não me permitem voar

Sou agora um passarinho cansado

Cansado de lutar, cansado de bicar

No olhar trago o meu triste fardo

Paralisado em meu novo lar

E eu que sempre quis ser livre

Agora preso sem razão me vejo

Como machucadas estão minhas asas

Como fui fraco eu reconheço

Permiti ser pego isso não nego

Só queria saber como seria

Ter tudo o que não tinha, queria

Sem importar o que deixaria

Mas asas como as minhas

São preciosas demais

Podem encantar qualquer um

E qualquer um ser capaz

De negar o que sou por dentro

E destruir o meu exterior

De arrancar todas as asas

De um pobre sonhador.

Ocian de Souza
Enviado por Ocian de Souza em 14/10/2014
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