ASAS
Prenderam as minhas asas
Me surraram, me fizeram sangrar
Prenderam as minhas asas
Não me permitem voar
Sou agora um passarinho cansado
Cansado de lutar, cansado de bicar
No olhar trago o meu triste fardo
Paralisado em meu novo lar
E eu que sempre quis ser livre
Agora preso sem razão me vejo
Como machucadas estão minhas asas
Como fui fraco eu reconheço
Permiti ser pego isso não nego
Só queria saber como seria
Ter tudo o que não tinha, queria
Sem importar o que deixaria
Mas asas como as minhas
São preciosas demais
Podem encantar qualquer um
E qualquer um ser capaz
De negar o que sou por dentro
E destruir o meu exterior
De arrancar todas as asas
De um pobre sonhador.