Sem saber até quando
Um guri cheio de anarquias passadas,
Cresce imerso em sonhos direcionados.
Torna-se orador Cícero das estradas,
Sem casa ou muitos passados.
Flores rubras da praça de maio,
Flores auxiliadas por araçás de quadro,
E o menino Alexandre não se esquece
De sua aristotélica inspiração de quermesse.
Sozinho, ele busca uma resposta,
Joga as roupas para o ar, que fase.
Fase com z, fase com s, frase na porta,
Uma correção, uma mestra à hora.
Sozinho, ele busca uma resposta.
Sua vida marcada por preceptores
Enxugados com a máquina,
Na fossa de um discurso para atores.