Sem saber até quando

Um guri cheio de anarquias passadas,

Cresce imerso em sonhos direcionados.

Torna-se orador Cícero das estradas,

Sem casa ou muitos passados.

Flores rubras da praça de maio,

Flores auxiliadas por araçás de quadro,

E o menino Alexandre não se esquece

De sua aristotélica inspiração de quermesse.

Sozinho, ele busca uma resposta,

Joga as roupas para o ar, que fase.

Fase com z, fase com s, frase na porta,

Uma correção, uma mestra à hora.

Sozinho, ele busca uma resposta.

Sua vida marcada por preceptores

Enxugados com a máquina,

Na fossa de um discurso para atores.

Itinga
Enviado por Itinga em 11/10/2014
Reeditado em 27/11/2014
Código do texto: T4994868
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