GOLFINHOS
Numa enseada do mar do Japão
Os homens de lá aprisionam os golfinhos
Com lanças longas bate no ferro
Para confundí-los, desorientá-los,
E, em seguida, matá-los...
Mil, dois mil golfinhos
Abatidos em um único dia!
E chama a violência de trabalho
A morte é seu ganha-pão
Matar seres irmãos?
Como depois se vive
Com o som da dor ecoando
Por toda imensidão?
Que tipo de homem vive
Da morte e dor?
Como chamar de trabalho o pavor
Levado aos inocentes dos mares
Majestosas criaturas indefesas
Transformadas em simples presas
Deixando um rastro de sangue no mar...
Calando a beleza que há
Nos oceanos!
E quando não houver mais o que pescar?
Assim eu espero o mar se revoltar
Até que todos saibam
Que ser superior é proteger
Não dizimar...
Edna Ismael dos Santos fevereiro de 2014