NOITE
NOITE
Na noite vazia
Em que o deserto
Acaricia a lua
Pálida e majestosa
Minha alma viaja
Como um solitário
Peregrino nas areias
Quentes da dor
Como forja
Vulcânica a entrar
Em erupção
Incandescendo meu ser
De dores educativas
Sob as quais dou meu
Testemunho do choro
Solitário e contido
Da revolta ponderada
Da aceitação pacífica
Do trabalho incansável
No bem e no perdão
Observo os elos que
Rompem-se necessários
A cortina que se fecha
No teatro passado da vida
Tomo rumos novos
Onde começo a fazer
Parte de uma nova peça
Em que meu dou a direção
Do leme e a bússola do acerto.
Escrito por Clemilza Maria Neves de Oliveira