Que beleza!

A beleza desperta todas as manhãs,

A terra não se cansa de sua ciranda;

impávida raia em um vale do Vietnã,

nas plantações de tulipa na Holanda...

Tá nas trilhas íngremes de Katmandú

O Nepal também contempla sua cara;

Desfila rústica nas cataratas do Iguaçú,

mesmo, nas areias quentes do Saara...

nos pássaros que gorjeiam de manhã,

nas flores que despertam com o canto;

nos muitos frutos vindos da arte de Pã,

sim, a boa música veste o seu manto...

beleza também faz para alma, adornos

mas, essa só se vê despido de preguiça;

na verdade, perdão se vê seu contorno,

mas a essência reside na plena justiça...

a bondade, honra, virtude, e o respeito,

são cartas nobres de seu amplo baralho,

se, bons predicados sucedem ao sujeito,

e faz seus milagres, através do trabalho...

falar sobre ela só podemos uns petiscos,

meros rabiscos dado que a tal é mui vasta;

estranha dileção que vem de dias priscos,

que faz crer que a beleza dela já me basta