INSPIRAÇÕES POÉTICAS

Agora que a minha poesia

se nutre do beija-flor voando,

me inspiro no frescor do dia

cujo sol morno, brilha se doando.

Agora que a minha poesia

sente o suave aroma da flor,

me inspiro na tosca moradia

de quem lavra a terra com amor.

Agora que a minha poesia

vê as almas no passar do vento,

me inspiro na chuva bem tardia

molhando a terra nesse momento.

Agora que a minha poesia

se banha nas águas cristalinas,

me inspiro no meu gato que mia

e no brincar das lindas meninas.

Agora que a minha poesia

anda absorta no meio da multidão,

me inspiro no auxílio de fraterna valia

a quem passa por penosa provação.

Agora que a minha poesia

se alimenta do valor moral da humildade,

me inspiro para criar uma arte literária,

muitas vezes de alegoria, mas que

se sustenta também da vigente realidade.

Agora que a minha poesia

se edifica com as ações caridosas,

me inspiro na melhoria interior, como primazia

para a alma evoluir, conforme

as suas benevolências luminosas.

Agora que a minha poesia

visita as almas em seus umbralinos infernos,

me inspiro na luz que nelas já resplandecia,

irradiando os bens morais que lhes serão eternos.

Agora que a minha poesia

se nutre de minhas elevações espirituais,

me inspiro ante a presença

de seres que há muito sentia

junto de mim, oriundos doutros orbes astrais.

Agora que a minha poesia

se plenifica das energias celestiais vivificantes,

me inspiro sob o influxo da veia

poética de genuína magia,

que brota de mim aos borbotões,

em criações literárias incessantes.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 04/10/2014
Código do texto: T4986825
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