INSPIRAÇÕES POÉTICAS
Agora que a minha poesia
se nutre do beija-flor voando,
me inspiro no frescor do dia
cujo sol morno, brilha se doando.
Agora que a minha poesia
sente o suave aroma da flor,
me inspiro na tosca moradia
de quem lavra a terra com amor.
Agora que a minha poesia
vê as almas no passar do vento,
me inspiro na chuva bem tardia
molhando a terra nesse momento.
Agora que a minha poesia
se banha nas águas cristalinas,
me inspiro no meu gato que mia
e no brincar das lindas meninas.
Agora que a minha poesia
anda absorta no meio da multidão,
me inspiro no auxílio de fraterna valia
a quem passa por penosa provação.
Agora que a minha poesia
se alimenta do valor moral da humildade,
me inspiro para criar uma arte literária,
muitas vezes de alegoria, mas que
se sustenta também da vigente realidade.
Agora que a minha poesia
se edifica com as ações caridosas,
me inspiro na melhoria interior, como primazia
para a alma evoluir, conforme
as suas benevolências luminosas.
Agora que a minha poesia
visita as almas em seus umbralinos infernos,
me inspiro na luz que nelas já resplandecia,
irradiando os bens morais que lhes serão eternos.
Agora que a minha poesia
se nutre de minhas elevações espirituais,
me inspiro ante a presença
de seres que há muito sentia
junto de mim, oriundos doutros orbes astrais.
Agora que a minha poesia
se plenifica das energias celestiais vivificantes,
me inspiro sob o influxo da veia
poética de genuína magia,
que brota de mim aos borbotões,
em criações literárias incessantes.