ATÉ APRENDERMOS A SER HUMANO.

... E ainda sem espaço e nem tempo, nós pegaremos o vento com um abraço, já que passamos a nossa vida em julgamento, e nos afastamos em isolamento, quando o colocamos no nosso pensamento. E tudo o que nos resta, é o vazio que vem com a liberdade, quando pensamos ter esquecido esta aresta, e que nos presta um enorme sentido, em se tratando de saudade.

O que quer que o amanhã nos traga, eu escolheria água, ao invés de fogo, por parecer ter uma vaga atração pelo jogo, com os braços e olhos abertos, e certos, que nos parece ser o caminho de encontro a nossa luz, na linha do limite entre o abismo, que se lê nas entrelinhas da nossa verdadeira cruz.

Somos na verdade, além da realidade, um ser insensível à piedade, salvo engano, e só em alguns casos, um ser diáfano. E o que realmente vejo, é apenas um tracejo, ou mesmo um caricato, indolente, indiferente, impaciente, desprovido de compaixão, inclemente, insano, destituído de concessão, comiseração, até insipiente. Somos tudo isso presentemente, e é esse o nosso plano, para um dia finalmente, aprendermos a ser HUMANO.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 04/10/2014
Reeditado em 12/07/2018
Código do texto: T4986719
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