Colhendo Girassóis

Teço preces

Odes em forma de anjos e tuas asas

Que cantam maviosamente em meus silêncios

Júbilos e suspiros ao Senhor dos ventos

Teço fios

Fios prateados de loucura

Nas noites frias, escuras

No santo tear do tempo

Que ponteiam, meus segundos aos minutos

Dando-me, as vestes que aquecem

a fragilidade das minhas horas

Os meus caminhos, os passos, vida

Teço fios

dourados de sonhos

E eles me envolvem e me envolvem

Como se fora eu novamente, uma doce

suave e serelepe menina

Entre, os alaranjados arrebóis

Pés descalços a correr; e a correr

Nesta estrada de chão avermelhado

espantando os pássaros e a colher

em mim; estes eternos girassóis

Kellen Cristine
Enviado por Kellen Cristine em 03/10/2014
Reeditado em 15/04/2015
Código do texto: T4985952
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