Colhendo Girassóis
Teço preces
Odes em forma de anjos e tuas asas
Que cantam maviosamente em meus silêncios
Júbilos e suspiros ao Senhor dos ventos
Teço fios
Fios prateados de loucura
Nas noites frias, escuras
No santo tear do tempo
Que ponteiam, meus segundos aos minutos
Dando-me, as vestes que aquecem
a fragilidade das minhas horas
Os meus caminhos, os passos, vida
Teço fios
dourados de sonhos
E eles me envolvem e me envolvem
Como se fora eu novamente, uma doce
suave e serelepe menina
Entre, os alaranjados arrebóis
Pés descalços a correr; e a correr
Nesta estrada de chão avermelhado
espantando os pássaros e a colher
em mim; estes eternos girassóis