QUIMERA
Fui desde sempre a primavera.
Trepadeiras coloridas subindo
por altos muros.
Agora me recordo que floriam;
que sonhavam o céu;
as nuvens, o sol;
o vento que vinha do sul...
E carregadas de imaginação
caiam pelo espaço do universo
com suas folhas e flores...
Mas era só uma quimera
no auge da primavera.
Tão inteiriça! E tão livre!
E não precisava de destino fixo;
que tão perene era
no “seu reino de metamorfose”;
na “sua eternidade lúdica”.
Mas era só uma quimera;
uma primavera desprovida de tempo...
Que o tempo é só das flores
“convertidas em sua natureza”...
( Imagem: facebook)